quarta-feira, 2 de julho de 2008

A Guerra Yom Kipur

A Guerra do Yom Kipur (em língua hebraica: מלחמת יום הכיפורים; transliterado: Milchemet Yom HaKipurim ou מלחמת יום כיפור, Milchemet Yom Kipur; também conhecida como Guerra Israelo-Árabe de 1973, Guerra de Outubro, Guerra do Ramadão (Ramadã, na forma brasileira) ou Quarta guerra Israelo-Árabe, ocorrida de 6 de Outubro a 26 de Outubro de 1973 entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel. A guerra começou com um ataque conjunto surpresa pelo Egito e Síria no feriado judaico de Yom Kipur. Egito e Síria cruzaram as linhas de cessar-fogo no Sinai e na Colinas do Golã, respectivamente, que haviam sido capturados por Israel em 1967 durante a Guerra dos Seis Dias.
Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 24-48 horas, após o qual o cenário começou a se formar em favor de Israel. Na segunda semana de guerra, os sírios foram empurrados completamente para fora das Colinas do Golã. No Sinai ao sul, os israelenses atacaram em uma "brecha" entre dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez (onde a velha linha de cessar-fogo ficava), e isolou o Terceiro Exército do Egito justamente quando o cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor.
A guerra teve implicações profundas para muitas nações. O Mundo Árabe, que havia sido humilhado pela derrota desproporcional da aliança Egípcio-Sírio-Jordaniana durante a Guerra dos Seis Dias, se sentiu psicologicamente vingado por seu momento de vitórias no início do conflito, apesar do resultado final. Esse sentimento de vingança pavimentou o caminho para o processo de paz que se seguiu, assim como liberalizações como a política de infitah do Egito. Os Acordos de Camp David, que vieram logo depois, levaram à relações normalizadas entre Egito e Israel - a primeira vez que um país árabe reconheceu o estado israelense. Egito, que já vinha se afastando da União Soviética, então deixou a esfera de influência soviética completamente.
Resumo
O Presidente Gamal Abdel Nasser do Egito, morreu em Setembro de 1970. Foi sucedido por Anwar Sadat, considerado mais moderado e pragmático que Nasser. Como meta de seu governo, resolve neutralizar a política expansionista do Estado de Israel e ao mesmo tempo assegurar a sua posição no mundo árabe. Decide, então, retomar a península do Sinai. O plano para um ataque a Israel sem aviso, em conjunto com a Síria, recebeu o nome de código Operação Badr (palavra árabe que significa "lua cheia"), que incluía a retomada do canal de Suez. Para tanto, os egípcios, recorrendo a possantes bomas de sucção e usando as águas do canal como agente de erosão hídrica, destruíram as fundações da intransponível barreira de 50 metros de altura, construída pelos israelenses com a areia do deserto para guarnecer toda a margem ao norte do canal de Suez contra os exércitos árabes. Desse modo, puderam abrir passagem nas fortificações integrantes da linha Bar-Lev, alcançando o lado desprotegido das casamatas israelenses e obrigando os israelenses a se render.
Enquanto o Egito atacava as posições israelenses desprotegidas na Península do Sinai, as forças sírias atacaram os baluartes das Colinas de Golã. Graves perdas foram infligidas ao exército israelense. Contudo, após três semanas de luta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) obrigaram as tropas árabes a retroceder, e as fronteiras iniciais reconfiguraram-se. Damasco, a capital da Síria, foi bombardeada.
Uma das consequências desta guerra foi a crise do petróleo, já que os estados árabes, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram parar a exportação deste produto para os Estados Unidos da América e para os países europeus que apoiavam a sobrevivência de Israel. Se a curto prazo a medida agravou a crise econômica mundial, a longo prazo a comunidade internacional não perdeu nada com esta dificuldade econômica; muito pelo contrário, vários países em todos os continentes aprenderam a usar fontes alternativas de energia, e inclusive algumas áreas do planeta começaram a descobrir que também possuíam petróleo, como foi o caso da região do Mar do Norte, na Europa, do Alasca, nos Estados Unidos, da Venezuela, do México, da África do Sul, da União Soviética e, de lá para cá, também do Brasil.

A Guerra dos seis dias



A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuweit, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.
O crescimento das tensões árabe-israelitas, em meados de 1967, levou ambos os lados a mobilizarem as suas tropas. Antecipando um ataque iminente do Egito e da Jordânia, Israel surpreendeu as nações aliadas, lançando um ataque preventivo e arrasador à força aérea egípcia.
O plano traçado pelo Estado-Maior israelita, chefiado pelo general Moshe Dayan (1915-1981), começou a ser posto em prática às 7h e 10min da manhã do dia 5 de junho de 1967, quando caças israelitas atacaram nove aeroportos militares, aniquilando a força aérea egípcia antes que esta saísse do chão e causando danos às pistas de aterragem, inclusive com bombas de efeito retardado para dificultar as reparações. Ao mesmo tempo, forças blindadas israelitas investiam contra a Faixa de Gaza e o norte do Sinai. A Jordânia abriu fogo em Jerusalém e a Síria interveio no conflito.
No terceiro dia de luta todo o Sinai já estava sob o controle de Israel. Nas 72 horas seguintes, os israelitas impuseram uma derrota devastadora aos adversários, controlando também a Cisjordânia, o sector oriental de Jerusalém e as Colinas de Gola, na Síria. Como resultado da guerra, aumentou o número de refugiados palestinianos na Jordânia e no Egipto. Síria e Egipto estreitaram ainda mais as relações com a URSS, aproveitando também para renovarem seu arsenal de blindados e aviões, além de conseguirem a instalação de novos mísseis mais próximos ao Canal de Suez.
Nos anos seguintes à crise de Suez, a tensão entre árabes e israelitas foi elevando-se perigosamente. Contribuíram para isso vários factores, entre os quais:
1. A instalação de governos de carácter progressista em países árabes (Síria e Iraque) em substituição aos regimes conservadores neles existentes até então. Esses novos governos se mostravam favoráveis a uma acção militar contra Israel e pressionavam o governo egípcio - o mais forte e populoso do mundo árabe - a se encaminhar nessa direcção.
2. A formação de movimentos de resistência palestinianos que passaram a reagir cada vez mais à ocupação de Israel. A contínua repetição desses incidentes, que ocorriam principalmente ao longo da fronteira de Israel com seus vizinhos, e as pressões dos países árabes para uma tomada de posição mais firme por parte do Egipto levaram este último a formalizar pactos militares de defesa mútua com a Síria, a Jordânia e o Iraque".
Descrição dos acontecimentos
Em Maio de 1967 exércitos árabes começaram a juntar forças ao longo das fronteiras de Israel. Ao mesmo tempo o General e Presidente do Egipto, Gamal Abdel Nasser, ordenou um bloqueio no Golfo de Aqba.
O primeiro passo para o desencadear da guerra deu-se em 7 de Abril de 1967 quando Israel lançou um ataque contra posições da artilharia inimiga e bases de resistência nas Colinas de Golã. Durante a operação seis aviões sírios Mig foram abatidos pelos caças israelitas que voavam em voo baixo sobre a capital da Síria, Damasco. Esta provocação inflamou as tensões entre Árabes e Israelitas.
A União Soviética passou através dos seus serviços secretos informações ao governo sírio. Essa suposta troca de informações alertava para um ataque em massa do exército de Israel. Embora não existam provas absolutas dessa colaboração russa, uma coisa é certa: as informações estavam corretas e ajudaram a empurrar tanto a Síria quanto o Egipto para a guerra. Por causa da sensação de ameaça à Síria, o Egipto trouxe para a crise um Pacto de Defesa em 1966. Contudo Nasser não foi perspicaz sobre uma guerra com Israel, ele tomou decisões que levavam a uma guerra fechada, um bloqueio para prevenir um provável ataque israelita. A meio de Maio ele enviou tropas para o Deserto do Sinai e pediu aos Capacetes Azuis da ONU para partirem.
Em resposta a esta acção e ao apoio soviético, o exército israelita foi mobilizado e o Egipto, Síria e Jordânia declararam o Estado de Emergência. Em 22 de Maio Nasser fechou o Estreito de Tiran aos barcos de Israel, isolando a cidade portuária de Eliat. Esta mesma acção, somada a interesses franceses e israelitas, foi a causa da Guerra do Canal do Suez em 1956. Três dias mais tarde os exércitos do Egipto, Arábia Saudita e Iraque moveram-se para as fronteiras com Israel. Em 30 de Maio a Jordânia juntou-se ao Pacto Egipto-Síria, formando o Pacto de Defesa Árabe. Durante este período a imprensa árabe jogou um papel vital para a abertura das hostilidades. Jornais e Rádios passavam constantemente propaganda contra Israel. Em 4 de Junho de 1967 Israel estava cercado por forças árabes que eram muito mais numerosas do que as suas. O plano de invasão israelita parecia condenado ao fracasso, até as Mossad pensarem numa solução. A Guerra estava iminente.
-Confrontados com uma retaliação árabe iminente antes mesmo da invasão começar, os líderes militares de Israel e governo implementaram uma estratégia para furar o bloqueio militar legal imposto pelos Árabes. Logo depois das 8:45 am do dia 5 de Junho lançaram um ataque aéreo contra as forças árabes. Este ataque aéreo, com o nome de código 'Moked' foi desenhado para destruir a Força Aérea do Egipto enquanto esta estava no solo. Em três horas a maioria dos aviões e bases estavam destruídas. Os caças israelitas operavam continuamente apenas voltando para reabastecer de combustível e armamento em apenas sete minutos. No primeiro dia os árabes perderam mais de 400 aviões; Israel perdeu 19. Esses ataques aéreos deram aos israelitas a hipótese de destroçar de forma desigual as forças de defesa árabes.
De seguida, as forças terrestres de Israel deslocaram-se para a Península do Sinai e Faixa de Gaza onde cercaram as unidades egípcias.
A Guerra não era longe da frente leste de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Levy Eshkol, enviou uma mensagem ao rei Hussein da Jordânia: "Não empreenderemos ações contra a Jordânia, a menos que seu país nos ataque". Mas na manhã do 2º dia, Nasser telefonou a Hussein encoranjando-o a lutar. Ele disse a Hussein que o Egipto tinha saído vitorioso no combate da manhã - Um engano de Nasser que provocou uma derrota esmagadora da Jordânia, mas que conseguiu impedir que Israel tomasse Amã.
Às 11:00 de 5 de Junho tropas da Jordânia atacaram Israel a partir de Jerusalém com morteiros e artilharia. Com o controle total dos céus, as forças israelitas em terra estavam livres para invadir o Egipto e a Jordânia. Por causa disto os reforços árabes que foram enviados tiveram sérios contratempos, o que permitiu em apenas 24 horas que os israelitas tomassem grande parte da cidade dos jordanos. No terceiro dia da guerra, 7 de Junho, as forças jordanas foram empurradas para a Cisjordânia atravessando o Rio Jordão. Israel tinha anexado todo a Cisjordânia e Jerusalém, tomando e invadindo a cidade. A ONU conseguiu um acordo de cessar-fogo entre Israel e a Jordânia que entrou em vigor nessa tarde. Após o cessar-fogo, o grande contingente das tropas de Israel e tanques foi dirigido contra as forças do Egipto no Deserto do Sinai e Faixa de Gaza. O IDF ( Força de Defesa de Israel) atacaram essas forças com três divisões de tanques, pára-quedistas e infantaria. Conscientes do fato que a guerra somente podia durar poucos dias e que era essencial uma vitória rápida, os israelitas concentraram todo o seu poder através das linhas egípcias no Deserto do Sinai. Em 8 de Junho, os israelitas começaram o seu ataque no Deserto do Sinai. Sob a liderança implacável do General Ariel Sharon, empurraram os egípcios para o Canal do Suez. No final do dia, as forças israelitas alcançaram o Canal do Suez e a sua artilharia continuou a batalha ao longo da linha da frente enquanto a força aérea atacava as forças egípcias em retirada que tentavam recuar utilizando as poucas estradas não controladas. No final do dia os israelitas controlavam toda a Península do Sinai e de seguida o Egipto aceitou um cessar-fogo com Israel. Às primeiras horas do dia 8 de Junho os israelitas bombardearam acidentalmente o navio de guerra americano USS Liberty ao largo da costa de Israel. Foi confundido como sendo um barco de tropas árabes, 34 americanos morreram. Com o Sinai sob controle de Israel, Israel começou o seu assalto às posições sírias nas Colinas de Golã no dia 9 de Junho. Foi uma ofensiva difícil devido às bem entrincheiradas forças sírias e o terreno acidentado. Israel enviou uma brigada blindada para as linhas da frente enquanto a infantaria atacava as posições sírias. Depois de uma série de episódios, Israel ganhou o controle das Colinas de Golã. Às 6:30 da tarde do dia 10 de Junho a Síria retirou-se, e foi assinado o armistício. Era o fim da guerra nos campos de batalha. Mas alguns resultados se estenderam por anos posteriores... A Guerra dos Seis Dias foi uma grande derrota para os Estados Árabes. Eles perderam mais de metade do seu equipamento militar, e a Força Aérea da Jordânia foi completamente destruída. Os Árabes sofreram 18.000 baixas. Em contraste os israelitas perderam 766 soldados.
No dia seguinte à conquista da Península do Sinai, o Presidente Nasser do Egipto resignou humilhado e outros líderes árabes perderam popularidade. Contudo, esta derrota não mudou a atitude dos Estados Árabes em relação a Israel, que é destruir o Estado de Israel e todo o povo judeu. Em Agosto de 1967 líderes árabes reuniram-se em Kartum e anunciaram uma mensagem de compromisso para o mundo: Não às negociações diplomáticas e reconhecimento do Estado de Israel, que lhes havia causado um grande prejuízo.
Os ganhos de Israel nesta guerra foram consideráveis. As suas fronteiras eram agora maiores e tinham ocupado as Colinas de Golã, a Cisjordânia ("West Bank") e a Península do Sinai. O controle de Jerusalém foi de considerável importância para o povo judeu por causa do valor histórico e religioso, já que a cidade era judaica há 3000 anos até ser tomada pelo império Turco-Otomano, e assim, iniciou-se a fuga dos palestinianos das suas casas. Por causa da guerra os palestinianos deixaram suas casas em fuga. O conflito criou 350.000 refugiados que foram rejeitados pelos estados árabes vizinhos principalmente a Jordânia, mas mais de 1.300 dos palestinianos que ficaram na Cisjordânia e Faixa de Gaza permaneceram sob o controle de Israel e vivem como cidadãos israelitas gozando dos seus plenos direitos.
Em Novembro de 1967 as Nações Unidas aprovam a Resolução 242, que ordena a retirada de Israel dos territórios ocupados e a resolução do problema dos refugiados. Israel não cumpriu a resolução para se retirar dos territórios ocupados, e só negocia se os estados árabes reconhecerem o estado de Israel e os líderes árabes em Kartum dizem que a Resolução 242 não é mais do que uma lista de desejos internacionais.

A Guerra de Suez



A Guerra do Suez, também conhecida como Segunda Guerra Israelo-Árabe ou Crise de Suez, teve início em outubro de 1956, quando Israel, com o apoio de França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O Egito, numa atitude unilateral de combate ao colonialismo anglo-francês, tinha nacionalizado o canal de Suez e fechado o porto de Eilat, o que ameaçava os projetos de Israel de irrigação do deserto do Negev e cortava o seu único contato com o mar Vermelho no golfo de Aqaba. Em contrapartida, Israel conquistou a península do Sinai e controlou o Golfo de Aqaba, reabrindo o porto de Eilat.
No desenrolar do conflito, os egípcios foram derrotados, mas os Estados Unidos da América e a União Soviética interferiram, e em 1959 obrigaram os três países a retirarem-se dos territórios ocupados sob a supervisão das tropas das Nações Unidas.
Extraído de www.wikipedia.org

Guerra árabe-israelense de 1948



A guerra árabe-israelense de 1948, também conhecida como "guerra de independência" (hebreu: מלחמת העצמאות) ou como "guerra de liberação" (hebreu: מלחמת השחרור) pelos israelenses (israelitas). Para os palestinos (palestinianos), a guerra marcou o início dos eventos denominados como "a catástrofe" ("al Nakba," árabe: النكبة).
Em 1947, a Organização das Nações Unidas formou um plano de partilha de uma região litorânea (litoral) do oriente médio denominada Palestina em dois estados, no qual foi proposto uma divisão destas terras entre judeus e árabes.
Costuma-se dizer que a proposta foi levada a um plebiscito sendo aceita pelos judeus e rejeitada pelos palestinos que reclamaram muito da ausência de uma rede de viadutos ligando os pedaços de Palestina que sobrou.
Os árabes se recusaram a aceitar um estado judeu, e os exércitos do Egito, Iraque, Líbano, Síria e Transjordânia, com o apoio político de outros países, iniciaram um ataque ao recém-formado estado de Israel. Foi a primeira guerra de um número maior do conflito árabe-israelense.
Em 29 de Novembro de 1947 Osvaldo Aranha, como chefe da comissão, preside a primeira Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU onde com o primeiro voto de minerva obtem a aprovação deste plano. Entre os 57 países participantes da ONU, 33 votaram a favor, incluindo o Brasil.
A guerra iniciou quase imediatamente após tal aprovação e em 14 de maio de 1948, já numa etapa adiantada da guerra, David Ben-Gurion declarou a Independência do Estado de Israel. O reconhecimento imediato russo e americano trouxe como conseqüência o fim do plano de partilha.
Em Janeiro de 1949 Ralph Johnson Bunche mediou o acordo de cessar-fogo entre os lados do conflito também conhecido como Armistício de Rhodes e em 1950 Bunche foi premiado com o Nobel da Paz. Neste acordo foi estabelecida a Linha Verde, sendo mantida até à Guerra do Sinai.

Conflito árabe-israelense

O conflito árabe-israelense (Brasil) ou Conflito árabe-israelita (Portugal) é um longo conflito no Oriente Médio. Ocorre desde o fim do século XIX, tendo se tornado um assunto de importância em nível internacional a partir do colapso do Império Otomano em 1917. Marcos importantes para o desenrolar deste conflito foram a autodeterminação do Estado de Israel e, posteriormente, o relacionamento deste último estado com seus vizinhos árabes, com ênfase para o povo palestino, que devido a não reconhecer o Estado de Israel, acabou não tendo seu próprio Estado estabelecido.
O conflito teve como resultado o começo de pelo menos cinco guerras de dimensões maiores e um número apreciável de conflitos armados de menores dimensões. Foi também fonte de duas Intifadas (levantamentos populares).

Antes de 1947
1918: Faisal I e Chaim Weizmann.
As tensões entre judeus e árabes começaram a emergir a partir da década de 80 do século XIX, quando judeus provenientes da Europa começaram a emigrar, formando e aumentando comunidades judaicas na Palestina, quer por compra de terras aos otomanos, quer por compra direta a árabes proprietários de terrenos. Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas nas terras históricas da Judeia e de Israel, que eram então em parte, do império otomano.
Assinado em janeiro de 1919, o Acordo Faysal-Weizmann promovia a cooperação árabe e judaica para o desenvolvimento de uma Terra de Israel na Palestina e uma nação árabe numa larga parte do Oriente Médio.
Em 1920, a Conferência de San Remo, suportada em grande medida pelo Acordo Sykes-Picot (acordo anglo-francês de 1916), alocava ao Reino Unido a área que presentemente constitui a Jordânia, a área entre o Jordão e o mar Mediterrâneo e o Iraque. A França recebeu a Síria e o Líbano.
Em 1922, a Liga das Nações estabeleceu formalmente o Mandato Britânico para a Palestina e Transjordânia, indo parcialmente ao encontro dos compromissos assumidos pelo Reino Unido estabelecidos na Correspondência Husayn-McMahon (1915-1916): todas as terras a leste do rio Jordão eram entregues ao Emirado da Jordânia (governado por Abdullah I da Jordânia, mas que estava em parte em dependência do Reino Unido), deixando a parte a oeste da Jordânia como o Mandato Britânico para a Palestina.
O líder religioso muçulmano Mohammad Amin al-Husayni opõs-se à ideia de transformar parte da região da Palestina num Israel, objetando a qualquer forma de Terra de Israel. Durante a década de 20 do Século XX, as tensões aumentaram dando lugar a episódios de violência tais como as revoltas de Nebi Musa (1920) e as revoltas de Jaffa (1921). Para satisfazer os árabes e devido à inabilidade britânica para controlar a violência instalada no Mandato, foi criado, em todos os territórios a leste do rio Jordão, o semi-autônomo Emirado Árabe da Transjordânia (correspondente a cerca de 80% do território do Mandato). Apesar disso, a violência continuou a aumentar durante as décadas de 30 e 40, resultando em perdas de vidas em ambos os lados. Alguns dos fatos mais marcantes nesse período foram o Massacre de Hebron de 1929, as atividades da organização islâmica Mão Preta, a grande revolta árabe (1936-1939), os ataques realizados pelo grupo paramilitar Irgun e o atentado do King David Hotel em 1946.
Guerra de 1948
A guerra árabe-israelense de 1948, também conhecida como a "guerra de independência" (hebreu: מלחמת העצמאות) ou como "a catástrofe" ("al Nakba," árabe: النكبة), começou após a retirada britânica e com a declaração do Estado de Israel a 14 de Maio de 1948.
Os árabes rejeitaram o plano de partilha da Palestina (Resolução 181 de 29 de novembro de 1947 da Assembleia Geral das Nações Unidas), que propunha o estabelecimento de um estado árabe e outro judaíco na região da Palestina. Milícias árabes começaram campanhas com vista ao controlo de territórios dentro e fora das fronteiras estabelecidas.
Tropas da Jordânia, Egipto, Síria, Líbano e Iraque invadiram a Palestina, ao que Israel, Estados Unidos da América, União Soviética e Trygve Lie (Secretário-Geral da Nações Unidas) consideraram como uma agressão ilegítima. A China deu o seu apoio às pretensões árabes. Os estados árabes declararam o propósito de proclamar um "Estado Unido da Palestina" em detrimento de uma estado árabe e de um estado judaico. Eles consideravam que o plano das Nações unidas era ilegal porque vinha em oposição à vontade da população árabe da Palestina. Reclamaram também que a retirada britânica tinha deixado um vazio legal em termos de autoridade, tornando necessário a sua atuação com vista à proteção dos cidadãos árabes e das suas propriedades.
Cerca de dois terços dos árabes da Palestina fugiram ou foram expulsos dos territórios que ficaram sob controle judaico; praticamente todos os judeus (em número muito menor) que habitavam territórios ocupados pelos árabes (como por exemplo na cidade de Jerusalém) também fugiram ou foram expulsos. As Nações Unidas estimam que cerca de 711.000 árabes tornaram-se refugiados como consequência do conflito.
As lutas terminaram com a assinatura do Armistício de Rhodes, que formalizou o controlo israelita das áreas alocadas ao estado de Israel juntamente com mais de metade da área alocada ao estado árabe. A Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egipto e a Cisjordânia foi ocupada pela Jordânia, até Junho de 1967, altura em que Israel voltou a tomar posse desses territórios durante a Guerra dos Seis Dias.
Pós-guerra de 1948
Aos palestinos que abandonaram ou foram expulsos das áreas ocupadas pelos israelitas não foi permitido o regresso a suas casas. Deslocaram-se para campos de refugiados localizados em países vizinhos tais como o Líbano, a Jordânia, a Síria e para a área que mais tarde se tornaria conhecida como a Faixa de Gaza. A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente foi criada para melhorar as condições destes refugiados.
Durante as décadas seguintes ao fim da guerra de 1948, entre 700.000 e 900.000 judeus abandonaram os países árabes onde viviam. Em muitos casos isto foi devido a um sentimento anti-judeu, ou devido a expulsão (no caso do Egipto) ou ainda devido a opressões legais (no Iraque). Deste número, cerca de dois terços acabaram por se deslocar para campos de refugiados em Israel, enquanto que os restantes migraram para França, Estados Unidos da América e para outros países ocidentais (incluindo a América Latina).
Até à Guerra dos Seis Dias a Jordânia controlou a Transjordânia e o Egipto controlou a Faixa de Gaza. Em 1950, a Jordânia anexou a Transjordânia, mas tal facto foi apenas reconhecido pelo Reino Unido. Ambos os territórios foram conquistados (mas não anexados) por Israel durante a Guerra dos Seis Dias. Nem a Jordânia nem o Egipto permitiram a criação de um estado palestino nestes territórios.
Guerra de 1956
A Guerra do Suez, de 1956, foi uma operação conjunta de Israel, Reino Unido e França, na qual Israel invadiu a Península do Sinai e as forças francesas e britânicas ocuparam o porto de Suez para ostensivamente separar as partes conflituosas, apesar de a real motivação destes 2 últimos países era a de proteger os interesses dos investidores no Canal do Suez. Esses interesses tinham sido afectados devido à decisão do presidente egípcio, Gamel Abdel Nasser, em nacionalizar o canal.
Israel justificou a invasão do Egipto com a necessidade de se proteger de ataques à sua população civil (ver Fedayeen) e de restaurar os direitos de navegabilidade pelo estreito de Tiro, que os egícios reclamavam estar nas suas águas territoriais. As forças invasoras concordaram em se retirar, sob pressão internacional e dos Estados Unidos da América. Israel retirou da Península do Sinai, em resultado da formação de uma força própria da Nações Unidas (UNEF) e de garantias de utilização e navegabilidade no canal. O canal ficou em mãos egípcias.
Entre 1956 e 1967
Durante este período deu o surgimento do Nasserismo; a proclamação da República Árabe Unida em 1958 e o seu colapso em 1961; disputas entre Israel e Síria relacionadas com áreas fronteiriças terrestres e marítimas: a continuação dos ataques dos fedayeen, principalmente a partir da Síria e da Jordânia e represálias israelitas; e o aumento do alinhamento dos estados árabes com a União Soviética, principal fornecedora de armas.
No início da década de 60, os estados árabes estabeleceram a OLP. O artigo 24º da carta (ou pacto) de fundação da OLP, de 1964 estabelecia: "Esta Organização não exerce qualquer soberania territorial sobre a Tranjordânia, sobre a Faixa de Gaza e sobre a Área de Himmah."
Guerra de 1967
A Guerra dos Seis Dias decorreu entre 5 e 10 de Junho de 1967. Foi desencadeada por Israel contra o Egito e a Jordânia nos termos de uma guerra preventiva, já que o estado israelita sentia-se ameaçado pela política pan-árabe do presidente egípcio Nasser (que se traduziu em alianças militares com a Síria e a Jordânia) e pela partida de forças das Nações Unidas presentes no Sinai desde 1956.
Em consequência da guerra, Israel expandiu-se territorialmente, ocupando a Cisjordânia (conquistada à Jordânia), a Faixa de Gaza e a Península do Sinai (conquistadas ao Egito) e os Montes Golã (conquistados à Síria). A parte da Cidade Antiga de Jerusalém (também chamada Jerusalém Oriental), tomada a 7 de Junho por Israel à Jordânia, seria reunificada por Israel com a Cidade Nova, formando um único município sob jurisdição israelita. Em 1980 uma lei israelita declarou Jerusalém como capital eterna e indivísivel de Israel, mas a ocupação de Jerusalém Oriental é considerada ilegal do ponto de vista do direito internacional, tendo sido condenada por uma resolução das Nações Unidas.
Guerra de 1968-1970 / Guerra de Atrito
A guerra de atrito foi uma guerra limitada entre Egito e Israel de 1968 a 1970. Foi iniciada pelo Egito com o objetivo de reacapturar a Sinai de Israel, o qual a havia ocupado desde a Guerra dos Seis Dias. A guerra terminou com um cessar-fogo assinado entre os países em 1970 com as fronteiras no mesmo lugar de antes de a guerra começar.
Guerra de 1973
A 6 de Outubro de 1973 os exércitos do Egipto e da Síria atacaram de surpresa Israel durante a celebração do Yom Kippur, com o objectivo de reconquistarem os territórios que tinham perdido.
Extaído de www.wikipedia.org

Mercosul critica subsídios e especulação financeira

SAN MIGUEL DE TUCUMÁN, Argentina – Os presidentes dos países que formam o Mercosul, grandes exportadores agropecuários, responsabilizaram ontem pela carestia alimentar mundial os subsídios do mundo rico e a especulação financeira. Reunidos na capital da província argentina de Tucumán, os mandatários de Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela, junto com chanceleres do Equador, México e Peru, expressaram sua “preocupação pela situação alimentar mundial”.O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A Venezuela ainda não completou seu processo de integração e Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru são membros associados, status também desejado pelo México que, enquanto isso, participa na qualidade de observador. O presidente venezuelano Hugo Chávez propôs criar um fundo para emergências alimentares financiado com a contribuição de um dólar para cada barril de petróleo vendido acima dos US$ 100. De acordo com um rápido cálculo que fez, com a colaboração da Venezuela seriam arrecadados US$ 920 milhões por ano, já que este país exporta 2,8 milhões de barris diários, segundo dados oficiais.Os demais governantes se centraram nas causas da crise dos alimentos e expuseram duras críticas ao protecionismo de países desenvolvidos, principalmente Estados Unidos, União Européia e Japão, os que mais subsidiam a produção e exportação de produtos agrícolas. Várias reuniões paralelas de organizações da sociedade civil também carregaram na tinta quanto à necessidade de garantir a soberania alimentar da região, e propuseram que isso seja feito não apenas com assistência, mas com a criação de emprego decente.Na declaração de encerramento do encontro os presidentes lamentaram a fome que afeta “quase 900 milhões de pessoas no mundo”, mas, disseram que “a causa principal da crise é estrutural e atende causada pelos subsídios à produção, exportação e outras barreiras” aplicadas pelo Norte industrial. Os governantes se comprometeram a “continuar trabalhando” para obter um “resultado justo e equilibrado” na Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio, em busca de um “nível de ambição elevado no acesso aos mercados para a agricultura e os bens industriais”.A presidente chilena, Michelle Bachelet, garantiu que um final positivo dessa rodada multilateral, destinada a liberalizar os mercados agrícolas, industriais e de serviços, “permitirá aumentar a oferta e baixar os preços dos alimentos”. Sua colega da Argentina, Cristina Fernández, centrou-se em outra causa da crise: a quebra do mercado hipotecário norte-americano, que teve um impacto financeiro nesse país e na Europa, levando os especuladores a “apostarem” em commodities (produtos básicos), afirmou.A presidente descartou que a América do Sul, exportadora de alimentos, empurre os preços para cima. Tampouco concordou em “culpar” os países em desenvolvimento que aumentaram sua demanda, como China, Índia e outras nações asiáticas. “Parece que o problema é que muita gente que antes não comia, ou comia uma vez por dia, agora come”, ironizou. Fernández recordou que junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, no começo de junho, de uma cúpula alimentar da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), onde se falou dos efeitos perniciosos dos subsídios agrícolas, mas, nas conclusões, “não conseguimos colocar uma frase sobre esse assunto”, ressaltou.“Temos de nos colocar como região diante destes problemas”, disse Fernández e destacou que os países do bloco regional e seus associados não estão crescendo, mas têm mais consumo interno de alimentos e, entretanto, aumentam o volume de produção e exportações. Lula pediu a criação de um grupo de alto nível para discutir segurança alimentar. Nesse grupo, que deve ter “extrema qualidade cientifica e técnica”, os integrantes podem estimar o impacto dos diferentes biocombustíveis na oferta de alimentos.O presidente Lula está preocupado em diferenciar o combustível eficiente fabricado no Brasil à base de cana-de-açúcar, o etanol, do que é feito a partir do milho nos Estados Unidos, protegido com subvenções internas e barreiras alfandegárias. A respeito da especulação financeira, ordenou a um grupo de economistas investigar os chamados mercados futuro. “O que há por trás disso?”, perguntou. “Pode ser extremamente grave um produtor vender sem produzir o que vai colher dentro de três anos”, alertou.O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, também protestou porque “se tenta fazer com que os países que produzem alimentos apareçam como responsáveis pela crise. Nos pedem para abrirmos nossas economias, mas eles fixam objetivos, cotas e fecham seus mercados”, afirmou. Bachelet recordou que a carestia de alimentos ameaça expandir a pobreza e atenta contra a luta para acabar com a fome, a mortalidade infantil e materna, que são parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio com os quais a comunidade internacional se comprometeu em 2000. O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que a alimentação “é um direito humano básico” e que é obrigação dos governos tornar isso efetivo. “Há grupos que especulam, empresários que só pensam no dinheiro, mas se deve dar uma resposta aos nossos povos”, ressaltou.
Extraído de www.agenciacartamaior.com.br

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