A Guerra do Yom Kipur (em língua hebraica: מלחמת יום הכיפורים; transliterado: Milchemet Yom HaKipurim ou מלחמת יום כיפור, Milchemet Yom Kipur; também conhecida como Guerra Israelo-Árabe de 1973, Guerra de Outubro, Guerra do Ramadão (Ramadã, na forma brasileira) ou Quarta guerra Israelo-Árabe, ocorrida de 6 de Outubro a 26 de Outubro de 1973 entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel. A guerra começou com um ataque conjunto surpresa pelo Egito e Síria no feriado judaico de Yom Kipur. Egito e Síria cruzaram as linhas de cessar-fogo no Sinai e na Colinas do Golã, respectivamente, que haviam sido capturados por Israel em 1967 durante a Guerra dos Seis Dias.
Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 24-48 horas, após o qual o cenário começou a se formar em favor de Israel. Na segunda semana de guerra, os sírios foram empurrados completamente para fora das Colinas do Golã. No Sinai ao sul, os israelenses atacaram em uma "brecha" entre dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez (onde a velha linha de cessar-fogo ficava), e isolou o Terceiro Exército do Egito justamente quando o cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor.
A guerra teve implicações profundas para muitas nações. O Mundo Árabe, que havia sido humilhado pela derrota desproporcional da aliança Egípcio-Sírio-Jordaniana durante a Guerra dos Seis Dias, se sentiu psicologicamente vingado por seu momento de vitórias no início do conflito, apesar do resultado final. Esse sentimento de vingança pavimentou o caminho para o processo de paz que se seguiu, assim como liberalizações como a política de infitah do Egito. Os Acordos de Camp David, que vieram logo depois, levaram à relações normalizadas entre Egito e Israel - a primeira vez que um país árabe reconheceu o estado israelense. Egito, que já vinha se afastando da União Soviética, então deixou a esfera de influência soviética completamente.
Os egípcios e sírios avançaram durante as primeiras 24-48 horas, após o qual o cenário começou a se formar em favor de Israel. Na segunda semana de guerra, os sírios foram empurrados completamente para fora das Colinas do Golã. No Sinai ao sul, os israelenses atacaram em uma "brecha" entre dois exércitos egípcios invasores, cruzaram o Canal de Suez (onde a velha linha de cessar-fogo ficava), e isolou o Terceiro Exército do Egito justamente quando o cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor.
A guerra teve implicações profundas para muitas nações. O Mundo Árabe, que havia sido humilhado pela derrota desproporcional da aliança Egípcio-Sírio-Jordaniana durante a Guerra dos Seis Dias, se sentiu psicologicamente vingado por seu momento de vitórias no início do conflito, apesar do resultado final. Esse sentimento de vingança pavimentou o caminho para o processo de paz que se seguiu, assim como liberalizações como a política de infitah do Egito. Os Acordos de Camp David, que vieram logo depois, levaram à relações normalizadas entre Egito e Israel - a primeira vez que um país árabe reconheceu o estado israelense. Egito, que já vinha se afastando da União Soviética, então deixou a esfera de influência soviética completamente.
Resumo
O Presidente Gamal Abdel Nasser do Egito, morreu em Setembro de 1970. Foi sucedido por Anwar Sadat, considerado mais moderado e pragmático que Nasser. Como meta de seu governo, resolve neutralizar a política expansionista do Estado de Israel e ao mesmo tempo assegurar a sua posição no mundo árabe. Decide, então, retomar a península do Sinai. O plano para um ataque a Israel sem aviso, em conjunto com a Síria, recebeu o nome de código Operação Badr (palavra árabe que significa "lua cheia"), que incluía a retomada do canal de Suez. Para tanto, os egípcios, recorrendo a possantes bomas de sucção e usando as águas do canal como agente de erosão hídrica, destruíram as fundações da intransponível barreira de 50 metros de altura, construída pelos israelenses com a areia do deserto para guarnecer toda a margem ao norte do canal de Suez contra os exércitos árabes. Desse modo, puderam abrir passagem nas fortificações integrantes da linha Bar-Lev, alcançando o lado desprotegido das casamatas israelenses e obrigando os israelenses a se render.
Enquanto o Egito atacava as posições israelenses desprotegidas na Península do Sinai, as forças sírias atacaram os baluartes das Colinas de Golã. Graves perdas foram infligidas ao exército israelense. Contudo, após três semanas de luta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) obrigaram as tropas árabes a retroceder, e as fronteiras iniciais reconfiguraram-se. Damasco, a capital da Síria, foi bombardeada.
Uma das consequências desta guerra foi a crise do petróleo, já que os estados árabes, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram parar a exportação deste produto para os Estados Unidos da América e para os países europeus que apoiavam a sobrevivência de Israel. Se a curto prazo a medida agravou a crise econômica mundial, a longo prazo a comunidade internacional não perdeu nada com esta dificuldade econômica; muito pelo contrário, vários países em todos os continentes aprenderam a usar fontes alternativas de energia, e inclusive algumas áreas do planeta começaram a descobrir que também possuíam petróleo, como foi o caso da região do Mar do Norte, na Europa, do Alasca, nos Estados Unidos, da Venezuela, do México, da África do Sul, da União Soviética e, de lá para cá, também do Brasil.
Enquanto o Egito atacava as posições israelenses desprotegidas na Península do Sinai, as forças sírias atacaram os baluartes das Colinas de Golã. Graves perdas foram infligidas ao exército israelense. Contudo, após três semanas de luta, as Forças de Defesa de Israel (FDI) obrigaram as tropas árabes a retroceder, e as fronteiras iniciais reconfiguraram-se. Damasco, a capital da Síria, foi bombardeada.
Uma das consequências desta guerra foi a crise do petróleo, já que os estados árabes, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiram parar a exportação deste produto para os Estados Unidos da América e para os países europeus que apoiavam a sobrevivência de Israel. Se a curto prazo a medida agravou a crise econômica mundial, a longo prazo a comunidade internacional não perdeu nada com esta dificuldade econômica; muito pelo contrário, vários países em todos os continentes aprenderam a usar fontes alternativas de energia, e inclusive algumas áreas do planeta começaram a descobrir que também possuíam petróleo, como foi o caso da região do Mar do Norte, na Europa, do Alasca, nos Estados Unidos, da Venezuela, do México, da África do Sul, da União Soviética e, de lá para cá, também do Brasil.