sábado, 14 de junho de 2008

Cresce número de imigrantes em busca do 'sonho brasileiro'

Dados da Polícia Federal (PF) e do ministério do Trabalho mostram que o Brasil tem sido um destino escolhido por um número cada vez maior de imigrantes em busca de oportunidades.
O perfil dos que chegam é variado. É crescente o total de sul-americanos legais ou clandestinos no Brasil, como também o de estrangeiros das mais diferentes nacionalidades, que entram como investidores individuais ou funcionários de grandes empresas.
De 2004 a 2007, houve um aumento de 51% no total novos registros de estrangeiros no país. Em 2004, a PF cadastrou 29.770 estrangeiros. Em 2007, 44.954. A PF não divulgou dados anteriores a 2004.
Quando se consideram apenas países sul-americanos, o percentual de aumento foi bem mais expressivo. Em 2004, a PF havia cadastrado 4.594 argentinos, bolivianos, uruguaios e paraguaios. Em 2007, 11.252, um aumento de 144% em quatro anos.
Segundo Paulo Sérgio Almeida, coordenador geral de Migração do Ministério do Trabalho, a nova fase de estabilidade e de crescimento da economia brasileira explica, em parte, o fenômeno.
Outros motivos citados por especialistas no tema para o aumento nos números são a desvalorização do peso argentino (destino importante de imigrantes regionais) e a decisão da Espanha de endurecer o controle de suas fronteiras, o que deslocou a rota de muitos latino-americanos para o Brasil.
Além disso, o Brasil assinou recentemente um acordo de regularização de imigrantes com a Bolívia e outro que permite que argentinos e uruguaios trabalhem no país.

Clandestinos
A imigração, no entanto, muitas vezes passa longe das vias oficiais.
Os bolivianos – que, desde o ano passado, precisam de visto para entrar na Espanha– formam o grupo mais expressivo de ilegais, com cerca de 75 mil pessoas, segundo a Pastoral do Imigrante.
"Os ônibus alugados chegam lotados todos os dias aqui em São Paulo com bolivianos. Com as novas exigências da Espanha e a desvalorização do peso argentino, o Brasil passou a ser a primeira opção para muita gente", disse à BBC Brasil o paranaense Paulo Iles, coordenador do Centro de Apoio ao Migrante, criado pelo Serviço Pastoral do Migrante, ligado à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Segundo o centro, o Brasil tem, pelo menos, 600 mil imigrantes em situação irregular.
Investidores individuais
O perfil de imigrantes que o Brasil da estabilidade está atraindo inclui também investidores estrangeiros individuais de países como Itália, Espanha, Portugal e Noruega (origens por ordem de recursos investidos no Brasil).
Em 2004, foram concedidos 197 vistos para empreendedores estrangeiros, segundo o ministério do Trabalho. Em 2007, um total quase sete vezes maior: 1336 vistos.
"Em 2008, esta cifra será igual ou maior do que a de 2007", disse à BBC Brasil Paulo Sérgio Almeida, coordenador geral de Migração do Ministério do Trabalho. Segundo ele, a estabilidade da economia aumenta a previsibilidade dos negócios e torna o Brasil mais atraente para esse tipo de investidor.
Nesse caso, a contribuição do "imigrante" para a economia brasileira é clara, apesar de em pequena escala. Em 2006, esses estrangeiros investiram US$ 86 milhões no país. No ano passado, US$ 103 milhões.
"Eles investem, principalmente, em hotéis, pousadas, restaurantes ou empresas do ramo imobiliário no Nordeste brasileiro. Muitos investem também no eco-turismo", afirmou Almeida.
O ministério do Trabalho também registrou um aumento nos pedido de visto para trabalhadores em empresas estrangeiras no Brasil.
O ministério fez uma lista dos dez países que mais pediram esse tipo de visto. Em primeiro lugar, estão os Estados Unidos com 3601 vistos em 2006 e 4519 no ano passado.
Em seguida, a Grã-Bretanha com 2199 em 2006 e 2474 em 2007. Logo depois, Filipinas com 1542 em 2006 e 2120 no ano passado.
Os investimentos americanos e ingleses são registrados em diferentes setores, mas, no caso da Filipinas, tendem a se concentram no ramo do petróleo. A mesma lista dos dez mais inclui ainda Itália, França, Alemanha, Índia, Japão, China e Canadá.

Um comentário:

Carlos Leen Santiago disse...

Caro Rogrigo:

Para reivindicar uma democracia via instituições...o que acho mais adequado no nosso contexto, levando em conta a desmobilização dos movimentos sociais, como também a cooptação de alguns... é (acredito eu) que a participação da sociedade civil nos conselhos, assembléias entre outras vias de representação popular, mesmo sendo um insípido caminho,porém é um caminho para se chegar aos níveis mais alto de representatividade e fortalecer aqueles... O vínculo do intelectual orgânico (Gramsci) à política é um processo lento, devido a vários fatores, inclusive, de sua própria sobrevivência: desemprego, precariedade na educação, saúde, habitação,conflitos de família entre outras coisas que nós já estamos cansados de saber...
Contudo, ainda acredito que a hegemonia política pode ser direcionada pela classe popular que reflitirá eticamente o poder e democratizará as relações sociais, havendo uma mudança de concepção também da classe burguesa e o consenso para uma melhor relação social.

Protesta

Protesta

MST

MST

Punks

Punks

Síntese

Síntese

Ezln Sub-comandante Marcos

Ezln Sub-comandante Marcos

Exército Zapatista de Libertação Nacional

Exército Zapatista de Libertação Nacional

Bandeira das Farc´s

Bandeira das Farc´s

Farc´s

Farc´s

Guerrilheira das Farc´s

Guerrilheira das Farc´s

Bandeira do Exército de Libertação Nacional

Bandeira do Exército de Libertação Nacional

Guerrilheiro do ELN

Guerrilheiro do ELN

Liberdade para Mumia Abu Jamal

Liberdade para Mumia Abu Jamal

Igualdade de gêneros

Igualdade de gêneros